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O Poraquê

  • Aislin Luna
  • 11 de abr. de 2013
  • 2 min de leitura

Poraquê era um valente guerreiro de uma tribo às margens do Rio Amazonas. Caçador por excelência, era sempre quem trazia o maior animal durante as festividades da tribo. Também ele era muito forte, destacando-se dos outros membros da aldeia. Mas Poraquê era ambicioso. Não lhe bastavam a destreza do arco e da flecha. Não lhe bastava a força de seus braços e nem mesmo sua supremacia em combate. Ele queria ser o maior guerreiro da face da terra. Foi assim que tentou dominar o fogo, mas sua força nada valeu contra as labaredas. O índio então quis comandar os rios, mas Iara mandou contra ele a pororoca, que o derrotou. Vencido pela segunda vez, Poraquê subiu em um pé de vento e tomou um relâmpago emprestado ao deus trovão. Com ele fez uma borduna com a qual podia invocar os raios. Certa vez uma tribo indígena atacou a aldeia em uma guerra que durou vários dias. Poraquê, com sua borduna de raios, dizimou milhares de inimigos. Tendo vencido a batalha, notou que a arma estava manchada de sangue e foi lavá-la à beira do Rio Amazonas. Um dos raios caiu na água e o transformou em um peixe feio, que quando atacado dispara rajadas elétricas para se proteger.


O poraquê é um peixe muito conhecido nos rios da bacia amazônica devido a grande descarga de energia que este libera ao ser incomodado. Pode chegar a 2,5 m de comprimento e pesar 16 kg. O nome vem da língua tupi e significa "o que faz dormir" ou "que entorpece". A geração elétrica varia de 300 volts a cerca de 0,5 ampère até cerca de 1.500 volts a cerca de 3 ampères. Este é o poraquê.......e aí vai encarar???


(do livro "Mitos & Lendas do Amapá" de Joseli Dias)


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